Até 2007, José Neves manteve em paralelo dois negócios: uma marca de calçado e uma empresa de software. Percebia dos dois ramos, mas não tinha vantagem competitiva em nenhum: como designer de calçado ou programador nunca seria o melhor do mundo. No entanto, e como viria a confessar, “se juntasse as duas coisas, talvez…” Acabou por fundir os dois conceitos na Farfetch.
E ao lançar uma plataforma para a moda de luxo, criou o primeiro unicórnio português: um negócio que em 2015 foi avaliado em mais de mil milhões de dólares. Passados poucos dias, recebia a visita da então jornalista do Observador, Ana Pimentel.
Nos anos seguintes, a multipremiada repórter desdobrou-se em entrevistas e assistiu na primeira fila ao nascimento de outros unicórnios (como a OutSystems ou a Talkdesk), viu como sobreviveram à crise de 2008 ou à pandemia de 2020. Tudo isso faz parte deste livro.
Aqui vemos como se faz um unicórnio com ADN nacional – desde o primeiro dia. Percebemos que não há uma receita única para o sucesso. Muitas vezes a paixão de inovar existe ainda antes de haver a ideia. Certo é que é preciso muita tenacidade e engenho para se chegar ao pódio. Unicórnios Portugueses não é um conto de fadas, embora às vezes pareça. Aqui descobrimos a magia, mas também o lado prático do negócio, do investimento aos IPO.
É um relato real de uma história sem fim à vista: porque o fenómeno começou antes do que muita gente pensa… E está aí para durar.