Quando a temperatura do corpo desce abaixo dos 35 graus, o sangue deixa de circular devidamente, e os tecidos começam a ser destruídos. Tal nunca poderia acontecer a Wim Hof. Mesmo quando fez uma maratona no Círculo Polar Ártico, usando apenas calções e sandálias (sem meias!), o seu corpo permaneceu sempre nos 37 graus, apesar de os termómetros rondarem os 20 graus negativos. Como consegue semelhante proeza? A ciência começou a investigar o atleta há anos. Já em 2007, o reputado Instituto Feinstein em Nova Iorque concluiu que ele era capaz de controlar o sistema nervoso autónomo – ou seja, o ritmo cardíaco e a temperatura do corpo. Na altura, atribuíram o feito às características especiais do “Iceman”. Ele, no entanto, estava convencido de que qualquer pessoa podia aprender a regular a própria temperatura. E, sob a supervisão do Centro Médico da Universidade de Radboud (Holanda) acabou por prová-lo em 2014. O seu método, centrado em ancestrais técnicas respiratórias tibetanas (tumo), permite aumentar naturalmente o calor do corpo. Ao mesmo tempo, o treino no frio energiza, melhora a circulação, fortalece o coração e o sistema imunitário (para além de fazer bem à pele e ao cabelo).
Em Iceman ficará a saber o essencial sobre o método Wim Hof. E poderá pô-lo em prática em casa hoje mesmo. Basta ter um chuveiro (ou um balde de gelo) e seguir as instruções. E a partir daí a sua vida nunca mais será a mesma.