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Almanaque do Benfica
RUI MIGUEL TOVAR
A história do Clube desde a sua fundação até ao 33º. Título de Campeão Nacional.
No primeiro ano do concurso do Totobola, o Benfica disputa a final da Taça dos Campeões com o Real Madrid. Ao intervalo está a perder por 3 a 2. Nada que intimide Guttmann, que no balneário garante: "O jogo está ganho. Eles estão mortos". Os jogadores acham que o húngaro enlouqueceu. Mas a verdade é que na segunda parte Coluna empata logo aos 50 minutos. E aos 62, Eusébio tem a oportunidade de marcar um penálti. Santamaria, defesa adversário, passa pelo avançado e chama-lhe maricón. O Rei não se deixa intimidar e segue o conselho de Coluna: "Olha, marca o golo e chama-lhe cabrón." Eusébio marca. Mas como cavalheiro que é, em vez de impropérios, vinga-se com mais um golo, o final, aos 68 minutos. Fica 5- 2 no placard. E o Pantera Negra sai em ombros.
Um dos momentos mais gloriosos da história do Glorioso. Um entre muitos. Mal cabem todos nas mais de 700 páginas deste Almanaque do Benfica. Este é o grande livro dos Benfiquistas, está aqui tudo. Os jogos, a história, as equipas tipo, as tristezas, mas também as alegrias que fazem do Benfica o maior clube do mundo.
Rui Miguel Tovar nasceu em Lisboa em 1977 e começou a trabalhar no Record em 1995. Entrou directamente para a secção de futebol internacional, onde ficou até Janeiro de 2009. Publicou com sucesso os almanaques de Benfica, Selecção Nacional, Euro-2004 e Sporting, através da empresa Almanaxi, fundada pelo próprio e por João Mendonça. Em Fevereiro de 2009, transferiu-se para o jornal i, onde é actualmente editor da secção de desporto. Em 2011, publicou o Almanaque do FC Porto.