
"Para conseguires pensar por ti próprio, tens de correr o risco de ser ofensivo." Jordan Peterson em
12 Regras Para a Vida
12 Regras Para a Vida
No Reino dos Fantasmas Famintos
GABOR MATÉ

No Reino dos Fantasmas Famintos
GABOR MATÉ
Durante décadas, Gabor Maté trabalhou com pessoas com adições, sobretudo em Vancouver, enquanto ele próprio lutava contra os seus demónios. As vivencias e reflexões desses anos levaram-no a escrever No Reino dos Fantasmas Famintos que, entretanto, se tornou uma obra de referencia internacional.
O livro inspirou canções e poemas nos Estados Unidos, quadros em Espanha e produções teatrais na Roménia e na Hungria. É usado em instituições de ensino, em programas de aconselhamento de dependências e em unidades de tratamento, e serve de guia para polícias, guardas prisionais ou cuidadores.
Em 2018, o autor escreveu uma nova introdução – onde reflete sobre a crise mundial dos opiáceos sintéticos e refere Portugal como um exemplo de sucesso no combate ao consumo. É essa edição que agora se publica, pela primeira vez, no nosso país. E é a obra prima do autor. Ao narrar a sua vida na Portland Hotel Society, uma organização sem fins lucrativos onde foi médico residente, Maté mergulha-nos num mundo sombrio onde os “fantasmas famintos” (numa alusão a Roda da Vida budista) vagueiam a procura de salvação – ou consolo.
Ouvimos as histórias dos marginalizados, ilustradas pelas fotografias de Rod Preston, e percebemos melhor o que Gabor Maté nos quer dizer: na raiz de qualquer dependência, desde o álcool aos smartphones, está o mesmo insaciável anseio por alívio ou realização. E por trás dele estão as marcas que o trauma deixou no corpo e na alma.
Por isso, nunca se pergunte: Porque a dependência? A primeira pergunta deve ser sempre: Porquê a dor? E este livro, do autor de O Mito do Normal, responde com ciência, dados, estudos, rostos humanos e uma compaixão que nos comove profundamente.