"Evoluir espiritualmente significa viver com coragem, gratidão e respeito, por si próprio e pelos outros." João Medeiros em
A Carta
A Carta
Hoje Não Vou à Escola!
EDUARDO SÁ
Hoje Não Vou à Escola!
EDUARDO SÁ
Gosto das crianças que, mal se levantam, irredutíveis e rezingonas, declaram: “Hoje, não vou à escola!” Porque, por mais que não pareça, sente-se que lutam pelo amor da escola todos os dias.
A escola é o mundo delas, das crianças. É o mundo secreto onde os nossos filhos habitam, tão perto e no entanto tão longe; onde as horas passam sem que saibamos realmente como. Até ao momento mágico em que nos são devolvidos e já é tarde demais: o banho e o jantar apressado, e a cama à espera porque amanhã é um novo dia.
E nesse mundo secreto, só raras vezes se abrem minúsculas frinchas, através das quais, se estivermos atentos, os conseguiremos escutar, entre colheradas de sopa ou uma história por contar. Ouviremos então, em parcas palavras (porque há um código! e da escola não se fala), que do “outro lado”, as aulas são demasiado longas, os intervalos demasiados curtos – um lanche engolido, uma ida à casa de banho – e nem sobra tempo para brincar.
Mas disso não sabemos, ou sabemos pouco. Porque quando chegam está na hora do trabalho de casa (que na verdade é o trabalho de escola), está na hora de pesquisar na Internet (onde na verdade pesquisamos nós); e no fim de tudo resta um beijo, quase culpado, boa noite e até amanhã.
É este o mundo deles, tão longe do nosso. Mas se nos tornássemos melhores “escutadores”, talvez não fosse preciso mais nada, porque eles dizem-nos tudo o que precisamos saber. Vamos então escutá-los.
A escola é o mundo delas, das crianças. É o mundo secreto onde os nossos filhos habitam, tão perto e no entanto tão longe; onde as horas passam sem que saibamos realmente como. Até ao momento mágico em que nos são devolvidos e já é tarde demais: o banho e o jantar apressado, e a cama à espera porque amanhã é um novo dia.
E nesse mundo secreto, só raras vezes se abrem minúsculas frinchas, através das quais, se estivermos atentos, os conseguiremos escutar, entre colheradas de sopa ou uma história por contar. Ouviremos então, em parcas palavras (porque há um código! e da escola não se fala), que do “outro lado”, as aulas são demasiado longas, os intervalos demasiados curtos – um lanche engolido, uma ida à casa de banho – e nem sobra tempo para brincar.
Mas disso não sabemos, ou sabemos pouco. Porque quando chegam está na hora do trabalho de casa (que na verdade é o trabalho de escola), está na hora de pesquisar na Internet (onde na verdade pesquisamos nós); e no fim de tudo resta um beijo, quase culpado, boa noite e até amanhã.
É este o mundo deles, tão longe do nosso. Mas se nos tornássemos melhores “escutadores”, talvez não fosse preciso mais nada, porque eles dizem-nos tudo o que precisamos saber. Vamos então escutá-los.