Sentimo-nos muitas vezes aquém do que esperam de nós. Vivemos na companhia de um juiz interior implacável, picuinhas, que não nos perdoa nada: não somos bons, inteligentes, elegantes ou ricos o suficiente. Procuramos compensar essa "falta" numa procura incessante de mais coisas, mais dinheiro, mais qualificações, mais horas de ginásio. É um ciclo vicioso, a que Tara Brach chama "o transe do desmerecimento". Ou seja, vivemos na ilusão de que fazemos (quase) tudo mal. Tara Brach sabe-o por experiência própria. Durante a universidade, o seu sentimento de desadequação era de tal modo profundo que a levou a refugiar-se num ashram (comunidade espiritual), onde passou uma década a praticar e ensinar ioga. Só anos mais tarde, depois de concluído um doutoramento em Psicologia Clínica e um curso budista, é que se sentiu em paz consigo própria. Em Aceitação Radical, a mestre budista partilha o que de mais importante aprendeu na sua caminhada. A partir de uma síntese de psicologia ocidental e sabedoria oriental, apresenta um método essencialmente prático, cujo objetivo é ajudar o leitor a aceitar-se exatamente como é - e essa aceitação, como veremos, é a única e verdadeira liberdade de que podemos gozar.