Em 1938, na cidade de Boston, começou um dos mais extraordinários estudos científicos feitos até hoje sobre a felicidade. Um grupo de investigadores reuniu 456 rapazes de famílias desfavorecidas, todos com 14 anos, para tentar perceber por que razão estavam a resistir tão bem às contrariedades da vida; ao mesmo tempo, um segundo grupo decidiu estudar 268 alunos de Harvard – ou seja, pessoas que, pela sua educação e privilégio, prometiam tornar-se bem-sucedidas (basta referir que uma delas se chamava… John F. Kennedy).
Os dois grupos acabaram por fundir-se no hoje famoso Estudo de Harvard sobre o Desenvolvimento Adulto. Os participantes originais (bem como os seus filhos e netos) foram acompanhados passo a passo, ao longo de 84 anos (!), e as suas histórias foram tratadas, analisadas e cruzadas com outros estudos científicos, sempre à procura de uma resposta: qual é a chave para Uma Boa Vida?
De acordo com os professores catedráticos Robert Waldinger e Marc Schulz, os atuais diretores do estudo, a saúde e a felicidade não se alimentam do sucesso financeiro ou profissional, mas sim da qualidade das nossas relações pessoais.