
"quanto mais alimentos conseguir comer na forma em que surgem na natureza, melhor." Dr. Mehmet C. Oz
Correu Bem, Miúdo
ANTHONY HOPKINS
Correu Bem, Miúdo
ANTHONY HOPKINS
Para os colegas, era o “Cabeça de Elefante”, um miúdo estranho, apático, que não se interessava por nada. Os pais, gente remediada de uma aldeia industrial do País de Gales, viam com aflição o filho desajeitado, mau aluno, que inscreveram num colégio interno na esperança de que se emendasse.
Não aconteceu: durante anos opôs-se aos professores com uma insolência feroz, invariavelmente punida com castigos corporais. Porém, uma série de momentos fortuitos começou a empurrá-lo para o palco. Primeiro viu o filme Hamlet e ficou deslumbrado; pouco depois, a deambular pela escola, deparou-se com o ensaio de uma peça de teatro – onde acabaria por se estrear.
Na verdade, já desde pequeno que revelava inclinações artísticas, fosse a desenhar, a tocar piano ou a recitar poemas. Dotado de uma memória prodigiosa, viria a tornar-se um dos mais conhecidos e premiados atores da sua geração – vencedor de dois Óscares, atingiu o pico da fama ao interpretar Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes. Mas foi por um triz que esse Anthony Hopkins, que conhecemos das passadeiras vermelhas de Hollywood, não se perdeu.
Nesta autobiografia, de uma honestidade notável, recorda o seu tortuoso caminho para o estrelato. Vemos como se foi isolando, como se tornou dependente do álcool, como destruiu o primeiro casamento e alienou para sempre a única filha.
Correu Bem, Miúdo, que inclui fotografias do álbum pessoal do ator, é uma memória crua e apaixonada de um homem que cativou audiências em todo o mundo ao longo de mais de 60 anos. E que agora, em hora de balanço, se reconcilia com o passado.


