"Os métodos de fermentação são muitos e variados; ela é praticada em todos os continentes, de milhares de formas diferentes. (...) verá como é simples aproveitar os poderes nutritivos e curativos dos alimentos e bebidas fermentados." Sandor Ellix Katz
O Anjo da Vingança
GIORGIO SCERBANENCO
O Anjo da Vingança
GIORGIO SCERBANENCO
Duca Lamberti foi médico em tempos. Expulso da ordem, vive de colaborações ocasionais com a polícia sempre que o acaso lhe bate à porta. E logo no início deste romance, o acaso surge sob a forma de uma provocante milanesa, casaco vermelho comprido a tapar mal as longas pernas em meias de renda preta. Vai casar-se em breve com um talhante de mau feitio, e quer ir como nova; pretende que o doutor lhe restitua a virgindade há muito perdida, uma cirurgia simples, uma himenoplastia. O doutor diz que sim. Toda ela, e a história que conta, traz consigo o inequívoco fedor a trafulhice. E o doutor, que passou três anos na prisão, reconhece o odor à légua. Com a ajuda da polícia, investiga a milanesa do longo casaco vermelho. E ao puxar o fio à meada, começa a deslindar uma fiada de assassinatos, vários carros afogados nos canais imundos de Milão. Não há coincidências.
Vai atrás das pistas, e as pistas são pessoas: a empregada de perfumaria, grávida, que quer fazer um desmancho; o dono do hotel de província que aluga à hora uns quartitos discretos; o talhante mafioso, o advogado milionário que nunca exerceu... Todos têm uma história para contar. Todos eles revelam as entranhas de uma cidade corrupta, apodrecida até à medula, a negra Milão dos anos 60, pintada cruamente pelo seu melhor retratista, Giorgio Scerbanenco.
Vai atrás das pistas, e as pistas são pessoas: a empregada de perfumaria, grávida, que quer fazer um desmancho; o dono do hotel de província que aluga à hora uns quartitos discretos; o talhante mafioso, o advogado milionário que nunca exerceu... Todos têm uma história para contar. Todos eles revelam as entranhas de uma cidade corrupta, apodrecida até à medula, a negra Milão dos anos 60, pintada cruamente pelo seu melhor retratista, Giorgio Scerbanenco.
Uma narrativa tensa, pontuada por diálogos de um cinismo delirante, entrecortada pela ocasional explosão de violência.