"O amor nunca é desperdiçado. Quanto mais der, mais amado se sentirá." Mo Gawdat
23/09/2017

O AVIADOR

de José Correia Guedes

23 de setembro, sábado, às 18h00

Fnac NorteShopping, Porto

O comandante da TAP José Correia Guedes voa até ao Porto, para contar as suas aventuras!



 “Fiz cursos de salvamento, aprendi a apagar incêndios a bordo, ensinaram-me a lidar com passageiros difíceis, atirei-me para um bote salva-vidas. Tudo isso fui capaz de fazer sem pestanejar, mas quando me confrontaram com um biberão para aquecer senti que algo tinha falhado na minha formação de comissário de bordo.”

 

Ser comissário de bordo não é fácil, mas comandante de aviões comerciais ainda menos. José Correia Guedes passou metade da sua vida a pilotar aviões. E aconteceu-lhe um pouco de tudo. À cabeça dos infortúnios, viu o avião que co-pilotava ser sequestrado – estávamos em 1980, Sá Carneiro era o então primeiro-ministro e a RTP o único canal de televisão.

 

Houve outros problemas, claro. Aterradores para quem viaja de avião, mas quase corriqueiros para quem os pilota – desde o trem de aterragem encravado até “passageiros” clandestinos, passando por… partos improvisados a dez mil metros de altitude.

 

E houve momentos gloriosos. Como o primeiro e único desfile de moda feito em pleno ar. Ou o voo dos campeões, que trouxe para Portugal um Mourinho vitorioso, com a taça da Liga dos Campões debaixo do braço.

 

O autor recorda-nos as suas muitas aventuras, que começaram nos tempos (ainda) dourados da aviação comercial, quando voar era um luxo, e Nova Iorque quase tão remota como a Lua. De então para cá houve o atentado às Torres Gémeas, nasceram as low cost, o mundo ficou mais pequeno – e as ex-colónias, para onde o Comandante tantas vezes voou, ficaram estranhamente mais longe, ou pelo menos  na memória.

 

Em O Aviador redescobrimos um Portugal em mudança, nas histórias ora divertidas, ora nostálgicas, de quem conhece o nosso País lá de cima.


José Correia Guedes nasceu no Porto em 1946. Passou mais de metade da sua vida ao serviço da TAP, para onde entrou em 1971 como comissário de bordo. No ano seguinte daria início à formação como piloto de linha aérea na Flight Safety Academy, em Vero Beach, Florida.

Depois de uma breve passagem pela posição de mecânico de voo, integrou o quadro de pilotos da companhia, função que desempenhou em vários tipos de aviões: Boeing, Airbus e Lockheed. Quando se retirou, em 2006, era Comandante e Line Check Captain da frota Airbus A340 da TAP.

Fundador e director adjunto da revista aeronáutica Sirius, criada em Março de 1983, publicou em 2010 o romance Na Rota do Yankee Clipper, centrado no despenhamento histórico de um Boeing 314 da Pan American Airways, no Tejo, em 1943. Em 2017, criou a página de facebook O Aviador, onde narra episódios da sua vida enquanto piloto.